sábado, 20 de outubro de 2012

Prédio de madeira


predio_madeira (Foto: divulgação)

A madeira pode ser a solução para a selva de pedra que as metrópoles se tornaram. Pelo menos é o que pensa o arquiteto canadense Michael Green, que planeja usar o material para construir um arranha-céu de 30 andares na cidade de Vancouver. A intenção não é ganhar um título do livro Guinness — o atual recorde reside nos nove andares de um prédio em Londres —, mas provar que o aço e o concreto não são mais fundamentais para a construção.

Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, da sigla em inglês) indicam que a dupla preferida das empreiteiras produz grandes quantidades de CO2, um dos responsáveis pelo aquecimento global: para cada 10 kg de cimento concretado, de 6 a 9 kg de gases são produzidos e liberados. A madeira, por sua vez, absorve-os por completo da atmosfera. E é isso o que Green deseja fazer com o Tall Wood, projeto que já ganha apoio de colegas de outras cidades e está disponível na web para consulta.
Como cortar árvores não combina nada com a bandeira do ecologicamente correto do Tall Wood, o prédio é feito com compensado de fibras e camadas de madeira fundida, que inclusive são mais resistentes para serem usadas na fundação e contra desastres, por exemplo. O arquiteto diz que esse tipo mais sólido tem um desempenho melhor que o aço no fogo, pois ele cria uma camada isolante, o carvão, que não atinge a integridade do pedaço de madeira pesada – basta, para isso, fazer uma estrutura maior para ter essa margem de proteção. “Pode parecer confuso, mas o desempenho de um incêndio é inerente à quantidade da madeira, por isso, em incêndios florestais, as árvores que sobrevivem são sempre as maiores”, explica. 

predio_madeira (Foto: divulgação)
 

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