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terça-feira, 4 de março de 2014

Mansão une arte, Design e Natureza


Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)
















A localização privilegiada dessa casa, no bairro do Morumbi, em São Paulo, em meio a umaárea densamente arborizada, foi o principal ponto de partida para o projeto de arquitetura, sob o comando de Fernanda Marques. Distribuída por três andares, a construção de 777 m² foi concebida de modo a integrar os interiores à vista.
Livre de ornamentos desnecessários, a arquitetura de traçado conciso e atemporal remete ao racionalismo de Mies van der Rohe. Leve, a construção erguida em estrutura metálica parece pousar no terreno de acentuada declividade. Fernanda conta que a implantação foi pensada justamente para aproveitar o desnível e proporcionar as vistas mais interessantes aos usuários, preservando as árvores existentes.
Em um projeto no qual um dos objetivos era criar uma fusão entre os interiores e a paisagem, um desafio foi trabalhar no limite entre a máxima transparência e o nível de privacidade ideal para cada ambiente. Para equacionar isso, a arquiteta recorreu ao vidro transparente na face voltada para a piscina. Ali foram alocados os ambientes de vocação mais social, como living, sala de jantar e sala de jogos. Os ambientes mais reservados foram organizados na outra face do lote, mais preservada e também no pavimento superior.
Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)
Fernanda conta que buscou articular os espaços em torno de elementos-chave. A entrada social, por exemplo, conta com um espelho d’água que transborda junto à escada de acesso. Já a parede amarela que corta parte da construção, esconde lavabocozinha, despensa e escada de serviço.  A escada caracol que leva ao mezanino é outro ponto de destaque por seu caráter escultórico, com guarda-corpo em chapa metálica branca e degraus vazados com pisos em madeira cumaru.

Em uma construção com muito aço e vidro, um cuidado que a arquiteta teve foi em garantir a sensação de acolhimento e conforto necessários em uma residência familiar. A escolha de alguns revestimentos evidencia a preocupação em adicionar textura e calor ao conjunto, caso do fulget na parede do living e o amarelo quente da parede que leva à cozinha.

No projeto de interiores, a estratégia foi criar cenários mais intimistas com base no uso deiluminação indireta, especialmente no living que conta com pé-direito duplo. Para neutralizar uma eventual frieza associada ao décor contemporâneo e de tons neutros, foram escolhidos revestimentos mais quentes para o mobiliário, como o couro e o suede, assim como a madeira empregada no forro.

Assim como na arquitetura, Fernanda valorizou a forma e optou por peças que chamam a atenção por seu desenho icônico para preencher os espaços. É o caso da cadeira suspensa Bubble, criada por Eero Aarnio, instalada no escritório, e das poltronas brancas Frau Auckland, desenhadas por Jean-Marie Massaud para a Cassina, no living.
Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Casa Fernanda Marques (Foto: Divulgação)

Elementos clássicos e brutos em harmonia


Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)











O que um arquiteto faz quando tem a possibilidade de decorar o seu próprio apartamento? O paulistano Maurício Karam procurou combinar estilos diferentes e imprimir sua personalidade aos ambientes, sem abrir mão de conforto e praticidade. Após viver um período em um tríplex muito compartimentado, o arquiteto adquiriu um apartamento de 160 m² em um prédio antigo no bairro de Moema, em São Paulo. O objetivo era usufruir de espaços amplos, propícios para o relaxamento e adequados para receber os amigos.
A planta original com três suítes foi alterada para dar fluidez aos espaços, integrando-os parcialmente. Algumas paredes foram derrubadas, abrindo a cozinha, que se volta para o corredor, e unindo o living à primeira suíte, que foi transformada em escritório. A reforma, que teve duração de seis meses, revelou um problema: a estrutura, excessivamente robusta. "Quando abrimos a sala junto ao escritório surgiu um pilar de quase 3 metros de largura e vigas de 70 cm. O resultado foi um zigue-zague de vigas e pilares que eu achei melhor não esconder", revela Maurício Karam. A solução encontrada foi tirar partido de uma linguagem mais bruta e urbana. Optou-se, então, por descascar a estrutura de concreto e deixá-la aparente.

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)
rusticidade do concreto deu ao arquiteto a chance de brincar com os contrastes bruto versus clássico e claro versus escuro. As paredes receberam molduras brancas e arandelas de bronze adquiridas em feira de antiguidade. O mesmo classicismo se repete nas portas, onde foram inseridas molduras e almofadas.

O piso do living e dos quartos, originalmente de madeira, foi mantido após ser ebanizado pela Projeto 1. Para as áreas molháveis - cozinha e banheiros - o arquiteto escolheu o cimento queimado. Sobretudo na sala, o décor é predominantemente escuro. Além dos elementos de concreto, o cinza marca presença em paredes e cortinas. Embora seja fã de preto, Maurício não queria que a sala tivesse uma atmosfera muito dark. Daí a inserção do enorme tapete cru, fornecido pela Casa Fortaleza, e da mesa de jantar branca, da Micasa.

Na busca por uma sala agradável, o arquiteto evitou a configuração formal e a separação entre as atividades. A mesma sala serve para ver TV e para receber. Para esse ambiente multiuso, peças de design clássico, como as mesinhas laterais de imbuia e de bronzegarimpadas em antiquários, se mesclam a certa dose de despojamento. Tal efeito foi resultado da distribuição das cadeiras de modo livre e por elementos como o bar, produzido a partir de grandes tonéis plásticos pintados de marrom.

Complementam a ambientação o sofá de três metros e a cadeira de renda Micasa, o rack revestido com laca brilhante, produzido pela Marcenaria Medeiros, o aparador de matelassê, desenhado pelo próprio Maurício Karam, e a poltrona de couro bege da La Novitá.

Acabamentos escuros e brilhantes também se sobressaem na cozinha, que tem armários revestidos com laminado que imita madeira jacarandá e pastilhas Portobello. A iluminação realizada pela Acerbi foi resolvida com a construção de forro rebaixado onde foram embutidos spots com lâmpadas minidicróicas e AR 70. A exceção fica por conta da cozinha, onde foi feito um rasgo no forro de gesso para acomodar lâmpadas fluorescentes.
Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Apartamento Maurício Karam  (Foto: Marcelo Magnani)

Uma morada nova para uma nova vida


Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)
Alison Aldrich nasceu em uma família endinheirada de Hamilton, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Aos dezenove anos, quando se casou, passou a morar em Nova York com seu marido e apaixonou-se pela cidade. Desde então, muitas águas rolaram na vida dessa assistente social. Ela passou por mais um casamento e acabou se tornando alcoólatra. Mas aconselhar os outros acabava sendo uma ajuda para que ela pudesse encarar os próprios problemas.

Há doze anos, tudo mudou. Separou-se novamente, concluiu o ensino superior – depois de ver os filhos formados – e tornou-se uma profissional bem-sucedida. No meio do caminho, descobriu que era homossexual, largou a bebida e praticamente começou uma nova vida. Nada melhor para coroar esse momento de mudanças que uma nova casa para chamar de sua.

O local escolhido foi um prédio construído nos anos 1920 em que dois estúdios haviam sido transformados em uma única residência. Alguns anos depois, um terceiro imóvel foi colocado à venda e rapidamente incorporado por Alison à sua morada. O arquiteto Peter Holtzman, do Downtown Designworks Architecture, foi o responsável pela obra, criando uma morada ampla com dormitórios nas extremidades.
Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)
O décor ficou por conta do designer e amigo pessoal Thomas Cooper. O trabalho não foi fácil, pois, pela primeira vez na vida, ela criava um lar só para si. Tudo tinha que ser perfeito. Mas o perfeccionismo de Alison gerou bons resultados. Hoje, o apartamento detábuas corridastijolos aparentes e um certo ar industrial ganhou cores tão vibrantes quanto a nova personalidade da dona.

A pedido dela, mobília vintage e itens colecionados durante a vida foram incorporados à decoração da casa. E um cantinho especial, em uma das janelas do living, foi criado especialmente para Finoula, a poodle que divide o apartamento com Alison. Hoje com 68 anos, ela percebe que o contentamento com sua própria casa é uma alegoria do que ela sente sobre a própria vida. Evolução, mesmo que tardia.
Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

Apartamento Alison Aldrich (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

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